eu de mim

11 agosto 2007

sauDança

o que mais é o tempo?! metro de vida? visgo de fundo de moldura empregnada de digitais? qual desses tempos que mais habitamos ou estamos mais habituados?! tou em prosa de choro! tava mais aqui com esse vinho e velando mortos e vivos quando veio mais a vontade de ver e rever tudo que é isso. tudo que um dia não mais será. já tenho saudade de uma penca de gente! pois estar vivo (e isso não é condição de quem respira) me parece com desejo de encontro. de beijo. de força motriz das coisas. e o vinho ajuda a sublinhar tal sentimento. e o vinho sublinha pessoas. lugares. paragens. lunança. chegança. festança. quero mais é farrear. cair sem modelo de vida. mais abraçado com o que me vale. e amor pra um caramba de gente.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

"O que foi que se perdeu? Algo imponderável. Um presságio. Uma ilusão. Como quando um imã larga a limalha e esta se mistura toda outra vez. Como quando fios de novelos se desmancham. Quando um cortejo se dispersa. Quando uma orquestra começa a desafinar. Não se poderiam provar detalhes que não tenham existido antigamente, mas todas as proporções tinham se deslocado um pouco. Idéias que antes possuíam um magro valor engordavam. Pessoas antigamente ignoradas tornavam-se famosas. O grosseiro suavizava, o separado se reunia, independentes faziam concessões, o gosto já formado sofria inseguranças, as fronteiras nítidas se borravam, e uma nova capacidade indescritível de se agrupar produziu novas pessoas e novas concepções. Não eram ruins, certamente não; havia apenas um pouco de ruindade demais misturada ao que era bom, engano demais na verdade, flexibilidade demais nos significados."

6:50 PM  
Blogger Gil Maulin said...

sim, o afastamento das coisas e pessoas freiam os detalhes do desencantamento...

9:00 AM  

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