eu de mim

09 julho 2007

(...)

o que há de ti, homem?
disso que trafega e cruza acidentes?
quem de ti que não sou mais?
qual de vocês sonhados por mim?
desse mais que pai
disso mais que amola velha lâmina
quem mais por aqui que assombra tantos quartos?
e que sucumbe a fortes pesadelos
qual mais metáforas?
sem daquela análise do filho fraco
do riso raso/(((((((((((((((((manso)))))))))))))))))
da mãe torta pela cama
do tio morto na cozinha
nem mais um desses personagens que se fazem fama
parece mais valer sair de cima de tudo isso
pra cair molambo das coisas mais vitais
do aperto de pele
desse gosto de azedume
pois isso exige mais de um homem
pra que se construa tua própria história
conseguindo do menor lamento
o melhor por agora
daquilo que alivia o que não serve de álibi
de tal dor que cumpra seu fim
e que carregue tudo pra fora do homem lá fora.