eu de mim

24 junho 2007

disso que é olho

vês o que tem pra dentro do olho. disso misturado. distraído. aquilo que contrai os mortos serenos. enxerga, vai. vê teus olhos do que são feitos. encara tudo agora. mas fala tua verdade. tua vestida verdade. fere de veneno e me deixa cair. fere de coisas sãs, pois a insanidade é feita praqueles mais que sábios. não sei fazer de tudo isso. o que espalho daqui? quer espantalho daqueles corvos saltitantes. mas que se biquem enquanto há vista de horizontes. vista que o cemitério está cheio deles. mas não te esqueces de ver daquilo da trave do olho. porque sei que dói. as tais escrituras já falam de algum tipo de trave. não te conserves assim tão sapiente das coisas alheias. respira teu pó. enverga tua alma. saia daqui, pois os vacilantes já te rondam. e o meu saco já está cheio de quinquilharias. mas vê teus olhos. deles são feitas a tua farinha. da tua comida. da tua caganeira. vê que soluças prum deus ateu. mas que rogo aos céus que meus curumins me infestem de aldeias pra que mais possa cair sobre a terra, e dela me tirar teus olhos. arriscar uma senha. pra mais poder comer das ervas daninhas que sobram no terraço de ferro e palha.