eu de mim

29 junho 2006

ao anaclÉto

os outros escritos?! respondo a um amigo. estão cavando fuga pro outro lado do muro. eu preso, aqui. eu aqui preso comigo que nao me aguento. que nao me sorvo em meias palavras. que nao me deixo nem mais dentro de uma sala com 40 ou 30 ouvindo minhas bobagens acadêmicas. nao me aguento na escrita. tanto me falo que tudo se cala pra novamente começar a gritar. o momento é para aquele grito surdo, que só eu posso alcançar. esse grito franco sobre os desvios da palavra. aquela que é analisada a cada terça-feira. aquela que se faz ouvir dentro do poço de absurdos. dentro das novidades que o diabo tem comigo. dentro das linhas de pipa que deus corta para nao ter mais brincadeira. é o tempo pra dentro. meu dentro. eu dentro. meu tempo. um templo pra essas mandingas se mandarem daqui. uma reza. uma prece que me caiba aquele menino do corredor da infância carcomida pelos 35 anos passados. um templo pra minha sanidade. cansei dessa loucura. dessa burrice de catar percevejos. dessa mania de afundar sobre o confuso dizer. como é difícil se pensar! difícil se deslacrar da caixa em que me encaixei! e toda chuva lá fora. toda rua lá fora. eu aqui, por escrever mais sobre o que me passa. dando uma resposta a um amigo. eu comigo. minha falta de respostas. só perguntas. só desavisos. por isso, também é necessário se fazer silêncio. afinal, também nao quero desagradar aos 2 ou 3 leitores que se encontram por aqui. é muito chato ler sempre o mesmo mantra. sim, um mantra. minha escrita é um mantra. e como tal, quer expurgar o que de ruim tem por aqui.

2 Comments:

Blogger Gil Maulin said...

nao foi dessa vez... hahaaha bati na baliza, coitada! hahhaahaha

11:55 PM  
Blogger murilo said...

ééé, tem horas em que é preciso mesmo calar (até porque tem horas em que nada deve ser dito). só não esqueça de voltar quando a necessidade rodnar a tua boca novamente, quando tuas entranhas explodirem novamente de desejo de escrever.
até lá eu espero.

3:42 PM  

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