eu de mim

30 maio 2006

ibirama 2


dentro aqui que se faça sentido. que se fez de lá para cá. sobretudo, compreendi tudo que me diz agora ibirama. contudo, aquele espaço já faz daqui um pedaço de mim perdido em algum lugar dos meus espaços perdidos. revi outras utopias. não daquelas efêmeras e acadêmicas, mas do indivíduo crú. com a mão suja dele mesmo. daquele sujeito que tem sujeito no exercício de sua palavra. redescobri um nó de nós. daquela verdadeira revolução que não parte de um projeto paralizante e homogeneizante de sociedade, mas que brinca de ser sociedade. saraculeja com os velhos tomos da sociologia, da história, da filosofia e da ciência política. revolução que se aproxima muito mais do sujeito lúdico que se vê parte de um amontoado de histórias. o sujeito existe por si mesmo. é sua engrenagem. é sua mania de querer se enxergar mais próximo da sua compreensão de vida. mais próximo do chão, mais vão. que se abra a palavra que quer ser história. mais que se faça pra ser tudo o que se pode e quer ser. ibirama. xokleng. lugares pra chegar na espreita da novidade. o mundo mais novo. mais mundo. mais perto. mais abraçado. mundo mais para aqueles que não fazem parte deste mundo aqui. mundo mais para aqueles que se acham incluidos aqui. para os menos achegados. mundo pra quem quiser chegar mais perto daqui. na direção daquela utopia em rascunho em que os xokleng me chamaram para fazer parte.