eu de mim

31 maio 2006

quarta 2


falta pouco tempo pra que essa coisa toda se desfaça num desenho corrompido de pós-modernidade. e o que é pior, em plena quarta-feira. foi o tempo de toda quarta ser a quarta-feira. coisa pessoal. coisa privada. sentimento arredio diante dos compromissos matemáticos do tempo. queria mais é que aquela aula de matemática se desfizesse diante da gente. aquela verborragia de números, sentenças e fórmulas de nada me serviram. mas enfim, chegou a física, redimindo a minha ignorância diante daqueles cálculos imorais. tudo em reta. ângulo. tudo em prima. tudo pra que minha ignorância fosse colocada ao quadrado. minha soma de arrependimento diante daquelas aulas são uma resposta à inutilidade do meu pensamento. agora, esta quarta me faz lembrar mais das minhas aulas corrompidas de barbaridades existenciais de como é ou poderia ser o Estado. nem maquiavel, nem mesmo rousseau dariam conta de tanta quarta-feira em toda a semana. quem saberia fazer disso aqui uma análise aprimorada sobre a minha redação profissional? que sejam vendidas todas as calculadoras aos poetas desavisados sobre o resultado da prova bimestral que será calculada à soma do outro bimestre, para no fim, saber quem passou para o próximo obstáculo. o próximo cálculo de faltas e notas, pois no fim é disso que vale uma sala de aula!

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Salve Gil! Compartilho inteiramente desse teu sentimento de inadequação indignada frente a esses simulacros da vida com os quais temos (?) que conviver. Um grande abraço.
Luís Filipe

2:11 PM  

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