eu de mim

20 dezembro 2006

conversinha de bar

o título no diminutivo não leva a importância do fato. o fato é que teve importância. ali, conversas paralelas. observei a todas. sem que me desse conta ao certo do que estava passando tudo ali. mas era mais uma confraternização de bons amigos. mais chegança. mais aconchego nos braços dali. mais que nos pudesse ser dito. e como é difícil dizer! e como é tamanha a montanha que nos separa. sentidos. dimensões. simbolos e tudo o mais. mais que trinta. quase lá. mais do que você pensa, tolo intelectual. vi o cruzamento de dizeres. cada um no seu espaço. mudando de espaço. mesa. mudando de cadeira. mais que trinta lugares. mais que nós no meio dali. e cada um se dizendo. se convertendo em si. se querendo dizer. se desdizendo muitas vezes, o que é de boa feita! deu até a moça flertando com a vizinhança da casa. até isso! as situações são de modelo para ser seguido. o próximo. o lado. o bobo. mas deu mais que isso. deu para ver do que as pessoas ali se fizeram. se fazem. deu para observar pra quantas andam o torpe desatino. mas também senti falta de luiz e diogo. o que nos deixa para uma próxima. mas também tinham tiago, cassandra, rafael, chris e fátima. revezamento de funções marítimas. à proa. ao convés. no convencimento de que tudo é um desfecho pra mais que beleza. e que daqui pra frente quero as coisas no seu devido lugar: desorganizadas. eu, inventador de línguas. de significados. dos diabos com as cruzes mal feitas. pros diabos aquele todo auto-convencimento de que a vida é pela metade. mas é mais que isso, é mais que uma dúzia de números telefônicos que me levam ao diálogo contigo. quero mais é comigo. estou mais aqui. mais pra mim. felizmente sou eu no espelho. mais ninguém. felizmente é o espelho de pessoas envelhecidas, inclusive você. inclusive eu. todo eu.