sociologicamente pregando
o mundo é desse jeito meio fajuto. meio que se ajusta às conveniências do bom mocismo. do bom caráter alugado por uma moralidade claustrofóbica que se combina a um jeito politicamente correto, e que emanana a possibilidade do ajuste de contas com a crise da ética política. meio que sem querer o indivíduo se impõe a ele mesmo o meio de querer tudo pelo caminho. voracidade da condição de se fazer um ente político participativo. o ser que carrega a bandeira do ajuste de contas com as desigualdades sociais. o ser que se fotografa como redentor das causas da esquerda. moribunda idéia de se parecer com uma espécie de santo barroco. inquisitivo na argumentação de que o mundo pode ser outro. toda essa idéia se parece com um conceito mais próximo da preservação da própria espécie. da perpetuação de sentido humano pelo equilíbrio das forças sociais. parece-me que o mundo desse querer é um quadro do romantismo barato, e de um utopismo medíocre que mais se parece com a voz dos salmos narrados por cid moreira. uma profunda idiotização sobre a alegoria do mundo perfeito. do mundo com fundo em azul. do mundo pra lá de bom. daquele ser humano que se acredita o redentor das promessas na cruz. que se inventa no meio de tanta esquizofrenia, mais se parecendo com o pai torto que se indispos com a família e foi dizer no púlpito que o mundo era quem estava errado. trágico mundo que é o melhor bode expiatório aos nossos dilemas. que se encare o mundo como ele se faz, e como nós nos fazemos dentro dele. nem teoria, nem ideologia. muito menos essência. o modelo mundo é que dele se é. uma rasura. um punhado de terra e muita poeira nos olhos. um visgo de mal nos olhos viciados de sandices. a atrofia da viseira que se coloca desde os primeiros anos, e que não se tira por mera lógica reprodutiva do status quo. cada vez menos nos parecemos com o vislumbre da emancipação humana, na forma que se entende que modernidade é um receituário de formalidades para esse fim. esse ser humano que se cria é uma invenção às nossas banalidades de crença no altruísmo. que nos faz parecer com um homem que se prega toda noite à cruz dos milagres por querer acreditar que a humanidade se pode convencer que é outra coisa além da mediocridade em que chafurda.
2 Comments:
Grande Gil! Invado este espaço pra perguntar quando vais mandar as fotos do nosso último encontro festivo!!
Salve as tuas pregações sociológicas!
sua indignação me alegra, não pela vontade de ver o circo pegar fogo (eu bem queria...), mas pela esperança de ver uma saída em meio a tanta penumbra, onde a escuraião do bem e do mal, certo e errado, e tantas outras faces dúbias e incomunicáveis do maniqueísmo afogante, não deixa a mente humana extrapolar a compreensão da própria existência e atrasa "o projeto" - intenção, ideal...- da emancipação do ser desumano.
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