eu de mim

08 dezembro 2006

07/11/2006

isso de ser daqui me chama
e acoberta dessa bagunça burra
que acelara os açoites dentre aqueles que se fazem por perto.
dentre aqueles que se fazem de perto.
dentre aqueles que se fazem perto.
esses que se fazem espertos
que falso reclamam dos maltratos do mundo
pobres criaturas que se infernizam delas mesmas
diante do espelho no espetáculo do cotidiano
e que se desfazem do abraço
e que se lançam ao desespero dos labirintos semânticos
corrompendo o novelo de teseu, e chamando a criatura aos berros!
- venha, devore minha carne. sucumba à temperatura de sua acidez e sal. venha e me veja como sou mal-criado. não quero aceitar esse manjar que colocam sobre a tal mesa muito familiar. não venha com cerimônias pois senão quem te devora sou eu. eu que me arrebento no meio dessas luzes inviesadas de falsos gentios. eu que pareço levar a sério a proposta sobre a tal perspectiva de que somos menos pecadores quando acariciamos os céus. então, venha e faça o que é por merecido. cague-me todo. vomite-me, se for preciso. faça-me mais digno dentro desses dias de tão pouca salubridade. cega-me. cale-me. e avisa ao homi que aqui não tem tema de teatro ou coisa mais porca. avisa que não quero telegramas ou mesmo emails de felicitações. coma logo, porra! azeite os dentes e força a mandibula ao esforço dos ossos.