eu de mim

08 abril 2006

sabadoindoido


sabe que corre um vento por aqui neste exato instante da leitura. barco que corta as águas do mar. azuis em tons de céu e água oceânica. daqui, telhados. verde de árvores. o esbranquiçamento dos prédios além horizonte. do outro lado da baia. e muitos barcos se divertindo nas águas da baía norte. o cão que dorme aos meus pés. o vento que faz com que a porta bata contra o banco. brisa de bom tom. tem são longuinho olhando pra mim entre a pequena selva de plantas domesticadas. e tem os telhados. várias formas. algumas cores. dependendo, é claro, da conveniência econômica de cada morador. e tamos buscando ver pra onde vamos agora pra tarde. enquanto isso observo tudo o que vai me passando pela minha máquina-retina de fotos. mas também tem o que escutar. tem um determinado tipo de silêncio que é ofuscado por um tal djavan que sabe cantar suas próprias canções. baita mar do lado esquerdo. marolinhas que dão pra ver do sétimo andar desta ladeira. a moça acabou o banho. agora sentada pro mar. e claro, seu telefone de recados. quem será que ligou? futucar de dedos. uma quase paisagem se formando como nova fotografia. e aqui pra dentro um rotular de imagens que não se acabam. duplicam vontades pra saber o que mais será pra frente. o que será que a moça está pensando com o seu balançar de cabeça? será a música um código pra ela se deixar levar pra outros lugares? que lugar é este que habito neste momento?