eu de mim

30 novembro 2007

pessoal demais

os senhores absurdos de uma via em retas discretas. o senhor de barba acocorado cavando sobre si a rima sincera. o gozo repentino repetindo falas diretas. a metamorfose do corpo. envelhecimento. o riso menos frouxo. o caralho das escutas alheias. essa coisa de mesa em que os bares não se bastam pela pinga que se bebe. falta aquilo mais. é como caminhar entre horizontes pessoais e colher o que melhor te serve. por isso também escrevo. para explicar os monstros e moços que de repente cansam de assombrar para assobiar uma música de ouvido. cantar também passarinho. arapuca. araponga. na pomba do susto. como asas estalando na cria do vôo. mas o que mais comove dentro de toda essa caça de sentido são as mãos dentro do ônibus.