eu de mim

14 setembro 2007

)des(escrita

não nunca mais língua por aqui
de uma reza pagã que sataniza os podres moribundos
visita ao cadáver que um dia radicalizou a palavra
pôs seu uso razoavelmente racional e se expôs tolo
refinou o discurso e sentou no vaso
cagou cada uma das melodias bem usuais de qualquer marchinha que contenha um refrão
facilitou assim, a canção de rock n roll - disse radicalizou total
marginalizou sua intençao de subverter a ordem
ordenando que todos entoassem o mesmo canto
novamente se fez sobre sua presença o espelho ego
beijando seu cú pra lamber a si mesmo
provocando suspiros na imensa platéia de pobres diabos
sobre sua ignorância do que de fato acontecia contigo
sobre os arredores das ruas repetidas da cidade insular
quando de cachorros é que se fazem boas notas musicais
bons retratos de si mesmo
sem que a razão se parece como algo da genialidade humana
pois o porco animal humano pouco ou nada sabe dos vermes que facilitam sua chegada aos ossos do bom caixão
quando isso mais pode parecer um verso cheio de bondade e botox numa escrita feia e de caligrafia nítida.